quarta-feira, 17 de março de 2010

Falácia?

*Aviso: apesar de alguma semelhança na sonoridade, falácia e fellacio são coisas bem diferentes, não é engano. Portanto desengane-se quem esperar outro tipo de conteúdo para este texto! Compreendo quem fechar o blog nesta altura. Obrigado.

Não sei se serei o único a pensar desta forma, mas tenho a sensação que à medida que vamos ficando mais velhos parece que o tempo passa cada vez mais depressa! Penso que já ouvi outras pessoas dizerem o mesmo. Sinceramente, não sei para onde foi o ano passado, tenho a sensação que passou mesmo rápido! O que é triste, pois se já sinto isso nesta altura nem quero imaginar quando tiver 50 anos, não me vou lembrar do que fiz no ano anterior com certeza!
Mas eu lembro-me de ser mais novo e achar que nunca mais chegava o final do ano, ou seja, basicamente nunca mais era Natal. E nunca mais fazia 16 anos para deixar de ser puto! Ou 18 anos para tirar a carta de condução. De qualquer forma, o tempo que demorava a passar cada ano era uma eternidade, que se tem vindo a transformar em ápice!
Penso que a maioria das pessoas da minha idade concordará comigo em relação a esta teoria. O problema é que existe outra que a contradiz e que provavelmente também concordarão! A de que o tempo passa mais depressa quando nos divertimos do que quando estamos a fazer algo que não gostamos ou a apanhar uma seca! Como por exemplo se estivermos 10 minutos parados numa fila de trânsito, mais parece meia hora, no entanto, 10 minutos a conduzir um Kart parecem 5 no máximo. Ou quando uma ida às compras parece nunca ter tempo suficiente para as mulheres e para os homens, que invariavelmente se vão acumulando às portas das lojas, parece não ter fim.
Para mim, a contradição surge porque me lembro de ter tido uma infância e adolescência bastante felizes, em que, de uma maneira geral, estava sempre divertido e descontraído, sem preocupações ou questões existenciais como esta que apresento. Não que não me divirta ou que seja infeliz hoje em dia, não é essa a questão (apesar de o facto de pensar nestas coisas não me deixar dormir tranquilo, como poderia tal a importância da questão?), mas a verdade é que hoje em dia não tenho o mesmo tempo de lazer que tinha, já que esse tempo, com algumas excepções, resume-se a um dia e duas noites em cada fim-de-semana. Isto porque Domingo é dia do Senhor, dia de descanso e como tal não faço nada!
Mas estou a divagar, onde eu quero chegar é que tendo em conta estas premissas:
- o tempo passa mais depressa hoje em dia do que quando era mais novo;
- quando nos divertimos o tempo passa mais depressa;
- hoje em dia passo mais tempo a trabalhar do que a divertir-me;

Apenas consigo chegar à conclusão que me divirto mais hoje em dia a trabalhar do que quando era novo e não fazia nada de útil na vida! Poderá argumentar-se que isto é um pensamento falacioso, que não tem em conta todas as variáveis ou que as premissas não são necessariamente verdadeiras. Mas uma vez que aprendi a identificar o que é uma falácia em filosofia, disciplina pela qual nunca nutri especial carinho, a única conclusão lógica à qual posso chegar é que gosto de trabalhar!!! Estou perdido, alguém me ajude por favor!