quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Teoria dos pêlos

Segundo Darwin e a teoria da evolução, as espécies adaptam-se ao ambiente que as rodeia e evoluem geneticamente, dando inclusive origem a novas espécies. Ainda segundo esta teoria somos descendentes dos macacos. Até aqui tudo bem, não ponho grandes questões relativamente a isto (embora não me agrade muito a nossa ascendência). Ainda tendo em conta a mesma teoria, já li (ou ouvi) em qualquer lado que o ser humano foi tendo cada vez menos pêlos pois esta característica da espécie foi deixando de ter a sua utilidade com o uso de roupas (ou seja proteger do frio). Mais uma vez, até aqui tudo bem, salvaguardando as excepções obviamente, o brasileiro Tony Ramos por exemplo, não parece ter evoluído muito nesse aspecto!
Mas o meu problema surge quando, como de certeza que já viram, existem aquelas espécies de macacos (ou chimpanzés ou whatever), que têm pêlos em todo o lado menos no cu! Ainda por cima é algo que a maioria dos homens tem, ou seja, a não ser que alguém me explique isto como sendo uma evolução (acho impossível), é contraditório com a referida teoria.
Mas porque será? (aí está a pergunta existencial!) Tento responder a esta questão mas confesso que não consigo. Será porque os ditos macacos estão constantemente a coçar-se como se vê muitas vezes nos documentários? Não pode ser, senão nesse caso há muito tempo que os homens não tinham pêlos púbicos! Até compreendia se os macacos fossem como a maioria dos cães, mestres na arte da limpeza da secção traseira, deslizando, sentados no chão, usando apenas a força dos membros anteriores (descrição estranha para algo tão ridículo que muitos cães fazem que de certeza que toda a gente já viu). Mas não, que eu saiba os macacos não usam essa técnica e além disso os cães não têm essa característica típica dos macacos. Será que se depilam? Se calhar já existem macacos metrosexuais há muito tempo e ninguém sabia (e todos a pensar que o Castelo Branco era o primeiro!). Mas apesar de há pouco tempo ter lido um artigo sobre o génio criativo de uma tribo de macacos, algures no mundo animal, que tinha desenvolvido a capacidade de construir ferramentas para os ajudar a procurar comida, não acho que já tenham chegado às gillettes, logo é mais uma hipótese posta de parte.
Enfim, é algo que escapa a minha compreensão!

Para finalizar deixo-vos um vídeo cómico de um macaco um bocado tolo, mas corajoso, isso sim. E não se preocupem as mentes mais sensíveis e/ou enjoadinhas (que ao ler este texto pensaram: "Pêlos?! Cu?! Que nojo!"), o vídeo não está relacionado com o post, tirando o facto de ter um macaco!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Programa de recuperação

Estou chocado!
Para perceberem um pouco da minha admiração, digo-vos que há cerca de dois anos, após diversas chamadas de atenção pessoais por nunca participar nas discussões via e-mail (por exemplo decidir local e data de jantares, o que se vai oferecer ao aniversariante e outros assuntos de extrema importância), respondi assumindo que tinha sido "emailódependente" e que fazia parte dos IA - Internetódependentes Anónimos. Que tinha cumprido todos os passos, estava recuperado e que a resposta era apenas uma recaída, enfim, um texto elaborado, e acima de tudo disparatado e irrealista (pensava eu), sobre o porquê de não responder aos e-mails (a verdade é que era apenas preguiça de participar).
Isto na altura foi apenas um e-mail engraçado e eis que hoje uma dúvida assombra a minha mente: "Será que eu sou um profeta?". Senão vejamos uma notícia de primeira página do Daily Telegraph (diário londrino para quem não souber):



Acham isto normal?!? Viciados em jogo, drogas, tabaco, álcool, sexo... Esses consigo compreender e aceitar ("É d'homem!"), em alguns casos até apoiar se necessário (o vício claro!). Até compreendo que seja possível ficar viciado em internet, nos chats e messengers, mas reparem que o artigo fala num programa de recuperação exclusivamente para utilizadores de e-mail.
Admito inclusive a teoria que defende a perda de lucros das empresas devido à redução de produtividade por ver muitas vezes aqueles e-mails engraçados que toda a gente recebe. Mas 3600 e-mails?!? Mandar um e-mail a eles próprios se tiverem vários minutos sem receber nenhum?!? Mas o que é isto? A dizer o quê? "Olha, recebeste um e-mail!", "Olha, mais outro!".
Enfim, como já devem ter percebido, há coisas neste mundo que simplesmente não consigo assimilar. O facto de existirem pessoas suficientes para se justificar um programa destes (que já existia nos EUA segundo o artigo) é totalmente inacreditável. Mas pelos vistos existem estudos minimamente sérios ("King's College London" parece-me um nome credível, pelo menos civilizado) acerca deste assunto, que afirmam que as capacidades cognitivas reduzem mais do que com drogas, leiam a frase acerca dos testes de QI. Vivam as drogas abaixo os e-mails.
Estou parvo, então eu há dois anos gozei com algo extremamente sério (é impressão minha ou estou a fazê-lo de novo?), poderia estar a ferir susceptibilidades inocentemente.
Para finalizar, numa nota mais séria, onde é que o mundo vai parar?!? O que teremos a seguir neste mundo de modernização e globalização? Viciados em fumos dos tubos de escape? Junkies de electricidade? Ou talvez dependentes das filas de trânsito intermináveis! E será que daqui a dois anos verificarei a minha veia profeta com estes exemplos?

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Carnaval

Agora que estamos na época do carnaval, decidi introduzir este tema no blog. Se calhar nem toda a gente sabe as origens destas celebrações. Mas a realidade é que estão relacionadas com a religião cristã, mais precisamente com o período de quaresma (não, não é o jogador do FCP!). Trata-se de uma última noite de celebrações e excessos antes de um período de abstinência, sendo inclusive uma teoria aceite por muitos historiadores que a palavra "carnaval" tem origem na expressão "carne levare" (existem várias teorias mas penso ser esta a mais consensual).
Existe também uma corrente mais ousada que defende que o carnaval remonta aos bacanais dos tempos do Império Romano, festas libertinosas cujos bacantes cometiam variados excessos selvagens, luxuriosos e desregrados (lá está, grandes festanças sem regras do estilo "tudo ao molhe").

Após esta breve introdução acerca do carnaval (que podem consultar na Wikipédia), resta-me dizer que, como bom rapaz que sou ("à moda antiga" como dizem os mais idosos), gosto de manter as tradições dos meus antepassados. Isto é, vou fazer os possíveis para que a noite de carnaval seja uma noite de excessos. Desde os excessos das máscaras que todos usamos e que no fundo são caricaturas das personagens que pretendemos assumir, até ao "excesso de divertimento" (já lhe ouvi chamar muita coisa!) da noite em si.
Isto porque adoro o carnaval, sempre adorei, há um certo je ne sais quoi desta festa que me deixa sempre bem disposto e ansioso por imaginar uma máscara. Seja pelas máscaras que vemos nas outras pessoas, que deram mais ou menos trabalho, tiveram mais ou menos imaginação, mas que sempre nos fazem esboçar um sorriso. Seja por aquelas músicas "Mamã eu quero, dá a chupeta, mamãaaa eu quero mamar!", que são horríveis em qualquer altura do ano menos naquela noite em que toda a gente as parece adorar. Seja pelas tiazinhas, coelhinhas, gatinhas e todas as outras "inhas" que muitas meninas são por uma noite (se calhar até são mais vezes mas isso já é outra história). Ou, muito mais simples que isto tudo, porque por uma noite, talvez por estarem a "encarnar" uma personagem, toda a gente se parece divertir sem preocupações ou inibições!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Introdução

A ideia deste blog surgiu simplesmente porque me apetecia escrever. Escrever sobre a vida, sobre a morte, sobre perguntas existenciais e profundas, perguntas ridículas e impertinentes, episódios, teorias da conspiração (ou na maioria dos casos só mesmo teorias idiotas), opiniões sobre a realidade do mundo em particular ou sobre a realidade da minha vida em geral, enfim, escrever! E também, como já devem ter percebido, fazê-lo de uma forma informal e descontraída, muitas vezes até sem sentido, apenas uma junção feliz (ou talvez não) e aleatória de palavras, começando pela grande pergunta existencial que deu origem ao nome deste blog: "Porque é que o giz é branco?".

Fora do contexto, esta pode parecer uma pergunta inútil e estúpida (ok, eu confesso, dentro do contexto também o é), mas na realidade tem uma história por trás que me faz rir sempre que penso nela. Poderia estar aqui a falar das propriedades químicas do giz, que é carbonato de cálcio por falar nisso (CaCO3, mas se tiver enganado não me processem), e daí dissertar sobre a origem da cor. Poderia também falar dos vários tipos de utilização do giz, desde professores a dar aulas a criancinhas até polícias a marcar o contorno de um corpo no chão do local do crime (que contraste!). Falar inclusivé dos vários tipos de giz: giz de cera, giz de pastel, ou o giz branco em questão. Mas não, este texto resume-se a algo muito mais simples do que isso, resume-se à resposta brilhante que ouvi a esta pergunta.
Contextualizando, isto passou-se já há uns largos anos, ainda no secundário (ui, já lá vão 10 anitos... pronto ok, sou novinho n foram assim tantos), numa aula de filosofia. Sim, de filosofia, aí é que está um dos pontos fulcrais da narrativa que vos apresento, não era uma aula de química (que até se compreenderia), mas de filosofia!!! Uma daquelas aulas cheias de perguntas existenciais sobre a vida e a morte, do estilo "Quem somos? Para onde vamos?". É nessa altura então que surge uma alma perdida (e não, não fui eu), cheia de dúvidas, que se insurge:
- "Oh professora, professora! E porque é que o giz é branco?".
Como devem imaginar, um silêncio sepulcral invade a sala, toda a gente a olhar para o brilhante aluno, a tentar conter as gargalhadas e eis que se ouve a professora, tal qual um espírito libertador do riso, com a reposta:
- "Porque o quadro é preto!".